Marrakech é um lugar mágico, que mostra o melhor do Marrocos. Exótica, bonita, divertida, super interessante, é chamada de “Red City” por seu tom avermelhado.
A praça Djemaa El Fnaa é um dos lugares mais loucos do mundo. Foi minha maior motivação de conhecer Marrakech. É uma promiscuidade de pessoas, coisas diferentes, comidas, interpretações, shows, que nos deixa confusos e encantados. Mas, como já vamos explicar, você deve ir para lá com os bolsos cheios de moedas.
O encantador de serpentes Naja é a apresentação mais tradicional, mas, se você gostar de serpentes, poderá brincar com elas, colocá-las em seu pescoço, acariciá-las. É claro que sempre dando uma boa gorjeta. Acho que, se não houver gorjeta, vão mandar as cobras atacá-lo.
Transformistas homens dançam em grupo no meio da praça. Quase levei uma surra de um deles por ter tirado uma foto de sua dança e após ter saído devagar sem dar a gorjeta. Correu atrás de mim e exigiu o pagamento do seu show.
Artesãos estão espalhados com seus objetos. Pequenos macacos fazem graça e macaquices. Vendedores de artesanatos locais estão por todo o lado.
Vendem-se temperos, frutas secas típicas, como tâmaras e outras iguarias. Tudo isto em bancas bem decoradas com o colorido de suas comidas. Experimentei uma tâmara oferecida pelo vendedor que estava uma delícia. Então comprei um bom pacote. Quando cheguei no hotel e abri o pacote, todas as tâmaras estavam velhas e incomíveis. O velho golpe de deixar as frutas novas na primeira camada e as velhas abaixo…
A noite tudo fica mais divertido. É o momento mais frenético da praça e também o mais cheio de gente. Os restaurantes do meio da praça lotam de turistas. Mas existem muito bons restaurantes nos prédios que circundam a praça, permitindo uma linda vista da praça, enquanto nos deliciamos com a comida marroquina.
E Marrakech é muito mais que a praça Djemaa El Fnaa. Nesta praça inicia-se a Medina e o Souk principal de Marrakech. É um lugar difícil de andar, de se orientar, mas imperdível. Aliás, se perder faz parte do passeio. Acho que é melhor fazer isto de dia. No Souk encontraremos toda a sorte de artesanatos, roupas, objetos de metal, tapetes e muitas relíquias inesperadas. As “lojas” são coloridas e nos dá vontade de sair fotografando tudo. Aliás, fora da Praça Djemaa não é necessário darmos gorjeta para tirarmos fotografias. A Medina é super típica e também difícil de nos localizarmos, igualmente imperdível.
Outro local fantástico é o Jardim Majorelle, um jardim árabe típico, com a vegetação da região e dos oásis do deserto. É muito bonito e agradável. Lá está o túmulo de Ives Saint Laurent que teria vivido o final de sua vida em Marrakech e mandado construir este jardim.
O Bahia Palace é um Palácio que mostra toda a arquitetura marroquina, com seus detalhes lindíssimos, portas trabalhadas, tetos inacreditáveis, jardins bonitos.
Muitas Mesquitas poderiam ser visitadas, mas a Koutoubia Mosque and Minaret é a principal e o símbolo de Marrakech. Belíssima, podendo ser vista de longe pelo seu grande minarete.
Marrakech ainda tem muito mais. Tumbas muito interessantes como a Saadam Tombs, restaurantes fantásticos e super típicos, tours off road nos desertos vizinhos, visita às montanhas em volta que ficam cobertas de neve em alguns meses do ano, visita às cidades berberes espalhadas pelo deserto. As avenidas são amplas e bonitas, agradáveis de se caminhar. Hotéis fantásticos. E a comida é deliciosa!
Não deixe de conhecer. Você vai gostar.
Jorge Ilha Guimarães