Bangkok é o máximo. Uma das cidades que mais gosto, talvez a número 1. É cosmopolita, com templos fantásticos, uma noite de arrepiar, shows legais, o rio Chao Phraya, mercados flutuantes, comida maravilhosa e ainda tem o Grand Palace.
Bangkok é uma cidade confusa, porem receptiva e amigável. Com um tráfego que consegue ser pior do que o de São Paulo, mas de fácil locomoção pelo rio.
Vamos começar pelo Chao Phraya River que cruza toda a cidade e tem, nas suas margens, as principais atrações. O rio é uma loucura com toda tipo de embarcação passando, parecendo andarem anarquicamente. É muito bonito e largo. Em suas margens estão alguns dos principais hotéis, bons restaurantes e até shopping centers. Mas também casas pobres e mal cuidadas, o equivalente deles às nossas favelas. As principais atrações turísticas também estão em suas margens ou próxima delas, fazendo com que o transporte pelo rio, além de extremamente agradável, seja o mais prático.
Existem barcos para transporte exclusivo de turistas, que passam a todo momento, tipo ônibus. Mas os barcos de transporte dos habitantes da cidade também podem ser usados e são equivalentes, porem mais cheios. E existem os táxis que são embarcações bem típicas, com um motor de longa rabeta (long tail) que voam todo o tempo pelo rio. É claro que todo tipo de embarcações de transporte também cruza pelo rio a todo instante.
O visual do rio pelos restaurantes e hotéis é muito agradável e podemos ficar horas admirando, principalmente se estivermos aproveitando uma piscina dos hotéis.
O Grand Palace é um conjunto de edificações, pavilhões, jardins, pátios, pequenos templos e o Templo do Buda de Esmeralda, tudo isto cercado por muralhas, com uma arquitetura que só existe na Tailândia e Myanmar ( países que, antigamente, constituíram o Reino do Sião). Tem uma história interessante: o projeto foi encomendado a um arquiteto inglês. Foi transformado, posteriormente, pelos detalhes abolutamente tailandeses, como os telhados de madeira, pintados e decorados, muitos cobertos de ouro. Acabou como uma beleza única no mundo. É muito grande, exigindo um turno inteiro para sua visita, mas quando esta termina sabemos que vimos uma das maravilhas do mundo moderno. Conheço as 7 maravilhas do mundo moderno e acho que foi injustiça o Grand Palace não estar entre elas.
Os templos! São fantásticos! E numerosos, estão por todo lugar. Vamos falar dos 3 mais fantásticos templos de Bangkok (ou do mundo?):
Wat Phra Kaew (Temple of the Emerald Buddha): dentro do Grand Palace, faz uma dupla de encantamento. O Buda de Esmeralda é o ponto alto, mas todo o templo é fantástico.
Wat Pho (Temple of the Reclining Buddha): ao lado do Grand Palace, tem o Buda reclinado (deitado e enorme) seu ponto máximo. Mas tudo é belíssimo. E diferente. E encantador.
Wat Arun (Temple of Dawn): Na margem do rio, dominando a visão de quem passa por ele, é lindo, e brilha ao entardecer pelos seus milhões de pequenos pedaços de vidro colorido que se espalham por suas torres. É demais.
Antes de mudarmos de tema, chamaremos a atenção de que todos estes templos estão nas margens do rio, e de fácil acesso pelos barcos que percorrem o rio.
A prostituição em Bangkok é grande. Faz Londres, Paris, Nova York parecerem locais puritanos. Todo o ocidental estará com uma tailandesa, se assim o desejar. E elas são bem bonitas (os homens são muito feios). Mas entrando neste tema vamos para os Night Markets.
Os Night Markets são locais de grande afluxo turístico, com inúmeros bares e restaurantes, lojas de suvenir, predominando sempre um grande camelódromo. O de Patpong é o mais antigo e maior. São algumas ruas com o melhor camelódromo do mundo, segundo a opinião deles, onde você poderá comprar a bolsa Louis Vuitton que foi recém lançada, pelo preço que tiver saco de pechinchar. Bem a seu lado, nas calçadas, temos bares, restaurantes, lojas de souvenires e puteiros. Tudo junto, numa promiscuidade que não assusta e entretém. Neles, você verá as mulheres dançando em cima das passarelas, naqueles postes típicos, etc. Você pode assistir e, se as “moças” entenderem que só desejas ficar vendo, não o incomodarão. É atrás destes palcos ou no andar de cima que ocorrem os verdadeiros shows tailandeses, com mulheres fazendo pompoarismo, fumando com suas vaginas, tudo bem degradante como se pode imaginar, nada erótico e um tanto “deprê”. Mas faz parte da cultura assistir a um show destes. É como ir a Amsterdam e não freqüentar o bairro da Luz Vermelha.
Existem vários outros mercados noturnos. Todos são locais seguros, por vezes divertidos, somente muito cheio de turistas.
Vamos falar também de um show espetacular, o Siam Niramit Show! É um show tipo Broadway, muito rico, com cenários fantásticos, com cerca de 400 artistas, mas sob a cultura tailandesa. É, no mínimo, tão bonito quanto o melhor show que você já viu. Enquanto se espera a abertura das portas do teatro, ficamos num grande pátio, onde artistas realizam performances, danças, mágicos divertem vocês. Como você está na Tailândia, elefantes estão disponíveis para fotos ou para quem achar interessante dar um pequeno passeio em sua garupa. Eles são pintados, enfeitados, mas não são cheirosos. E, às vezes, cagam no meio do público.
Os mercados flutuantes são muito típicos e procurados pelos turistas. Aliás, tudo na Tailândia é muito cheio de turistas. O Dammoen Saduok Floating Market é o mais famoso, mas longe. É necessário um turno para se chegar até lá e visitá-lo.
A Tailândia é lugar de shoppings. Além dos mercados noturnos, lojas por toda parte, existem shoppings enormes e sofisticados, principalmente na região de Sukhumuvit, bairro mais central e onde estão os bancos, muitos hotéis, grandes edifícios de escritórios, etc. O mais famoso é o Siam Paragom, na Siam.
Muito típico da Tailândia são os “Taylors”, alfaiatarias que estão por toda parte. Vendem pacotes de roupas, tipo 2 ternos, 3 camisas, etc, por preços bastante convidativos e entregam de um dia para outro. Cuidado com os preços: começam sempre bem baixos, mas à medida das escolhas, vão crescendo…
A comida tailandesa é divina. Geralmente não indico restaurantes porque gostar de um exige tantas variáveis, que prefiro deixar a cargo de cada um. Mas o Blue Elephant é imperdível. É a escola de culinária do Rei. Lá você poderá comer um menu degustação, a preço justo, e entender o que a culinária tailandesa tem de melhor.
Existem muitos bares, “Rooftop Bars”, agradáveis e, por toda parte, existem locais para um happy hour legal.
Falamos que o tráfego é infernal e que a melhor locomoção é pelo rio Chao Phraya, mas há quem goste dos Tuk-Tuk. É uma motocicleta com um pequeno receptáculo atrás onde você é carregado loucamente pelas ruas de Bangkok. É mais barato que táxi e divertido (para não dizer perigoso). Pelo menos uma vez, tem de se experimentar. Se gostar e achar que não vai morrer, terá um modo barato e rápido de se locomover.
A Tailândia é encantadora e Bangkok sua metrópole. Você precisa ir lá. Pode até não amá-la como eu, ou mesmo não gostar de sua promiscuidade e diversidade, mas tem de conhecê-la.
Jorge Ilha Guimarães