O skyline de Shanghai é impressionante. Só comparável ao de Hong Kong ou de alguns setores de Dubai. Mas o povinho…
A chegada em Shanghai é espetacular. No aeroporto já temos um tchã. É grande, moderno, lindo. Ao nos aproximarmos da cidade vamos ficando de queixo caído. Os prédios são lindíssimos, muito altos, cheios de arquitetura, fazendo um dos visuais urbanos mais bonitos do planeta.
Shanghai é dividida por um rio. De um lado a cidade velha e as ruas de maior comércio, as ruas de pedestres, bem como a maioria das atrações. Do outro lado, o centro financeiro moderníssimo, a imensa e linda O.Pearl ou Torre da Televisão e os maiores prédios, incluindo o World Financial, que é o maior prédio da China.
Neste lado novo, há uma passarela, acima das ruas, unindo os principais prédios, tirando os pedestres da rua e fazendo do local, uma inesquecível caminhada. É impossível não fotografar tudo várias vezes.
O The Bund é uma grande área de passeio na beira do rio, no lado mais antigo e melhor de ficar. De lá temos a melhor vista de Shanghai que é a vista do lado novo. Nas costas prédios stalinistas muito lindos, onde hoje funcionam agências do governo, bancos e até shoppings.
Do Bund saí a Nanjing Road, que é a principal via de pedestres. Uma longa rua com shoppings centers dos dois lados. (Haa… a descrição do povo será mais tarde). Aliás eles gostam muito de comprar. Os inúmeros shoppings estão sempre com gente.
Os restaurantes são ótimos e a comida é muito boa, quando solicitamos as não apimentadas. Mas o melhor lugar para se comer é o pequeno bairro de Xintiandi, que é o local da colonização francesa.Todos os prédios são antigos e de arquitetura francesa. Hoje é uma área de pedestres, local de restaurantes chiques e boas lojas. Ótimo para almoço ou jantar.
A cidade velha é um show. Começa-se pelo Yu Garden & Bazaar e segue-se por toda uma zona também só para pedestres, com prédios clássicos de 1577, da Dinastia Ming & Qing. Se por um lado estamos no século 15, por outro estamos na China atual. Toda esta região está coberta por um extenso comércio de suvenirs e coisas típicas. Tudo muito colorido. Lá se encontra qualquer bugiganga que possa agradar ao imenso número de turistas (a grande maioria de chineses mesmo).
Antes do povo, vamos falar das lojas. Todas as marcas famosas do mundo estão por toda a Shanghai. Com preços internacionais. Mas todas as lojas tem as suas genéricas (exemplo: Pierre Cardun, Hermenegildo Zega, etc). Nestas o preço é um pouquinho melhor, mas ainda muito caro para nós. Todas as peças de roupa em qualquer loja são horrendas. É a moda mais feia que já vi. Mas é claro que eles gostam e compram o tempo todo. As vezes tem um shopping de descontos, com preços extremamente baixos, mas aí a moda é ainda pior.
Bem, chegou a hora de comentarmos o povo. Para começar são mal educados. Na Nanjing Road, a grande rua de pedestres, a cada metro somos abordados por pessoas querendo vender relógio ou seda. Acho que eles pensam que todo o turista só quer relógio ou seda. Mas é uma abordagem grosseira. Colocam o braço na nossa frente, tocando o nosso corpo e mostrando catálogos de relógios. E insistentes. Tentei dizer não de várias formas, gentil, agressivo, em vários idiomas. Tentei não olhar, olhar brabo, etc, mas nada funciona. A Ana conseguia dizer um não mais convincente que o meu. Mais agudo e quase gentil e eles paravam. Ainda não entendi o porque. Se estava parecido com o não deles ou se eles ficavam assustados.
O tráfego é super terceiro mundista. Existem muitas bicicletas e estes não conhecem nenhuma regra de trânsito. São trombadinhas que andam por todo o lado e não respeitam sinais. Outra classe já comprou moto, em verdade uma espécie de vespa. Estes são assassinos em potencial. Andam de qualquer jeito, buzinando e temos de estar sempre atentos para não terminarmos nossa viagem num hospital de Shanghai. Mas os taxistas e aqueles que tem carrões são os piores. Fazem o mesmo com o carro. São serial kellers em potenciais.
Também gospem muito, se arrumam mal, tem maus modos, falam alto e brigam.
Mas Shanghai é muito melhor que o seu povinho. Vale uma visita.
Jorge Ilha Guimarães