Em 1997 Hong Kong deixou de ser uma colônia inglesa e passou a ser uma região especial do estado chinês. Em 2000 estivemos lá. Todos tinham muito medo com o futuro, com o que aconteceria com suas vidas, seus negócios, seus dinheiros.
Voltamos agora, 18 anos depois da anexação à China para vermos como está. Levamos um susto. Ficou mais chinesa e mais rica. Hoje Hong Kong tem um dos maiores pibs per capita do mundo.
De Kowloon vemos a ilha de Hong Kong, com o mais bonito skyline do mundo. Á noite, os edifícios são iluminados, com figuras e desenhos que se movimentam. É hipnotizante.
Penso ser melhor de ficar em Kowloon, onde tem mais vida, principalmente à noite. A avenida principal, a Nathan Road, antes com o melhor comércio virou uma José Paulino, ou melhor explicando, é hoje o que foi a 5ª Av. de New York ou o centro de Miami há 20 anos atrás. Uma avenida que vende bagulhos eletrônicos, de procedência duvidosa, souvenires, com bares e restaurantes de 2ª classe. Os turistas são agarrados na rua, literalmente, para serem levados às lojas.
A 2 quadras da Nathan, está a Canton Road, hoje uma avenida só com Shopping Centers notáveis e sofisticados. Uma concentração fantástica de marcas famosas, aliás todas as marcas estão lá.
As mulheres são super fashion, grifadérrimas, com roupas chamativas e brilhantes, com cortes de cabelo coloridos. Exatamente igual às japonesas, quando o Japão era o tal. Os homens se vestem à ocidental, com cortes de cabelo ocidental, mas também muito na moda, com pouca gravata, ternos justos e calças apertadas. As vezes muito coloridos. Parece haver muitos gays, mas pode ser impressão minha, pelo excesso de moda e trejeitos.
Hoje Hong Kong tem um lado ocidental mais forte do que antes, devido à riqueza da China. Na maioria dos restaurantes o serviço é à ocidental, isto é, com talheres e sem “pauzinhos”.
Mas também tem muita da China. Muitas cores na decoração. Muitas luzes. O povo, de um modo geral, é muito mal educado. Ha… e comem de um modo muito feio. Mas não vimos pedintes nas ruas ou homeless. Ou não tem ou dão um sumiço neles.
Hoje existem movimentos pela independência de Hong Kong, com passeatas nas ruas, etc. Isto tem ocorrido recentemente, mas não quando estávamos lá. Não sei se será um bom negócio para eles. A China está muito rica e poderosa.
Jorge Ilha Guimarães