Dubrovnik
Dubrovnik, a mais bela cidade murada da Europa é espetacular.
Construída entre 1205 e 1358, viveu dias de glória ate ser bombardeada implacavelmente pelos Sérvios desde o outono de 1991 até maio de 1992.
Intelectuais, poetas e escritores de todo o mundo vieram pegar em armas, para defenderem este patrimônio inigualável, numa atitude quixotesca, mas cheia de simbolismo. Muitos morreram e seus retratos estão numa galeria muito impressiva, que lembra a que níveis pode chegar a insanidade humana.
Como sempre, os soldados da ONU chegaram atrasados, somente depois de 2000 bombas e foguetes terem atingido este fabuloso centro histórico. Os boinas azuis custaram a vir, mas depois ficaram por 8 anos.
Em 1995 a Unesco e a União Européia iniciaram a restauração deste templo histórico, em tempo recorde.
Dubrovnik, hoje, voltou ao seu esplendor. É grandiosa e bela. É histórica, tem monumentos belíssimos. Com ruelas estreitas, escadarias enormes, sua arquitetura lembra o sul da Itália. Seus bares, restaurantes charmosíssimos, galerias de arte e lojas de suvenir lhe dão uma atmosfera esplendorosa.
A comida é uma mistura de italiana com mediterrânea.
O seu povo é alegre, educado e comunicativo.
Apesar das hordas de turistas, incluindo 3 enormes navios que despejavam milhares de pessoas. podemos curtir esta cidade. Ainda bem que os turistas de navio não almoçam e jantam nos restaurantes locais, pois tem a comida incluída a bordo ou trazem sacolas de papel com lanches prontos. Assim, sempre conseguíamos um lugar no restaurante escolhido, mesmo que apenas para um pivo (copo com meio litro de cerveja).
Fomos jantar num restaurante muito referido, que ficava num beco, na metade de uma imensa escadaria. O local era super romântico, com aqueles prédios antigos, suas sacadas com flores e, entre eles, bem acima de nos, montes de calcinhas e outras roupas intimas secavam. Fiquei pensando que se a roupa tivesse ainda molhada, nossa comida poderia acabar tendo um sabor diferente…
Costa da Croácia
E bonita, italiana, a estrada fica entre o mar e as montanhas pedregosas, num contraste impressivo. As vistas mais bonitas são justamente as próximas a Dubrovnik. O tráfego é lento, porque a estrada passa todo o tempo por vilarejos, é um sobe e desce de montanhas todo o tempo. Levamos 4 horas para fazermos 200 km, com rápidas paradas para fotografias. Por vezes, passamos por prédios ainda destruídos pela guerra ou, mesmo, com marcas de balas.
Passa-se por pequenas cidades, praias pedregosas, algumas poucas com areia. Bonito. O que mais impressiona e a montanha junto ao mar.
As ilhas quando perto da costa fornecem as melhores vistas. As belíssimas praias mostradas nos livros e fotos não são visualizadas da costa e são de difícil acesso.
Passamos pela Bósnia, num trecho perto da costa. Tinha um grande comércio, com preços mais baixos, provavelmente dirigido aos croatas.
Split
E uma cidade maior, com um centro histórico parcialmente preservado, mas mesclado com prédios mais modernos da primeira metade do século 20.
Na frente do mar é muito bonita, com um grande passeio, prédios antigos, cheios de restaurantes e bares.
Pegamos uma exposição de vinhos. Se pagava uma pequena entrada e podia-se beber o que quiséssemos. Confesso que experimentei todos os vinhos possíveis, na tentativa frustada de achar um que fosse bom.
Mas Split não é imperdível.
Salona
Tem umas ruínas romanas pouco preservadas.
Trogir
Tem um centro histórico grande e completamente preservado, nos levando para a idade média. Novamente, com lojas, bares e restaurantes. Também em frente ao mar, tem um cais muito bonito, um grande clube náutico, deixando o mar cheio de veleiros.
E visita obrigatória para quem vier para estes lados.
Cavtat
E o local mais perto do aeroporto de Dubrovnik. Ficamos lá no ultimo dia, por facilidade. E um local de veraneio e bem bonitinho. Também com marina e cheio de restaurantes e bares na frente do mar. Se não tivéssemos vistos tantas belezas anteriormente diria que e um lugar super bonito.
Jorge Ilha Guimarães